terça-feira, 23 de junho de 2009


Saudades de meu pai



Ando triste amargurada
A depressão não me larga por nada
Cada vez ando pior
Tudo porque meu pai morreu
Partindo o coração meu
Mas foi p’ra junto do Senhor

Dois anos já se passaram
Meus problemas só aumentaram
Fiquei a sofrer do coração
Uma anemia apanhei
E por ai não fiquei
Estou com uma depressão

Foi-se embora o melhor amigo
Que sempre esteve comigo
E continua em meu peito
Era um pai trabalhador
Que aos filhos dava amor
E tratava-nos com respeito

Não escrevo muito sobre meu pai
Pois do coração me sai
Um grito de dor profundo
Cada vez que penso escrever
Logo fico a tremer
Ele era o melhor pai do mundo

Hoje apertou a saudade
E para falar a verdade
Sinto que não estou a tremer
Sinto dentro de mim uma luz
Alguém a mão me conduz
Para calma poder escrever

Soares da Costa meu pai
Do meu peito sai um aí
Sempre que penso em si
Sempre que suas fotos olho
De lágrimas meu rosto molho
Ao lembrar que o perdi


ROSA COSTA

segunda-feira, 22 de junho de 2009


O VENTO

Ò vento que passas
Leva-me as desgraças
Que param sobre mim
Leva-as depressa
Que eu faço a promessa
De te amar sem fim
Tu és livre vento
Tens muito talento
E ninguém te vê
Passas por todos nós
Deixando-nos a sós
De cabelo em pé
Ninguém ralha contigo
Ninguém te dá um castigo
Quando fazes asneira
Balanças as flores
Elas largam seus ardores
Parecem estar na brincadeira
Ò vento que passas
Não tragas desgraças
Não sejas feroz
Vem sempre meiguinho
Faz-nos um carinho
Não sejas mau para nós
Em dias de calor
Tu és um amor
Trazes uma fresquinha
Mas quando estás zangado
Temos que ter muito cuidado
Pois não respeitas quem é mais fraquinho
Levas tudo na frente
Mudas de posição de repente
Sem ninguém contar
Não fiques zangado
Acalma-te um bocado
Para eu te falar
Não te zangues vento
Escuta este momento
Que me deixas tão feliz
Anda mais calminho
Terás sempre o carinho
Da Rosa em Sabariz!!!

ROSA COSTA

terça-feira, 9 de junho de 2009


QUE LINDA È A NATUREZA


Parei frente ao meu jardim
E inspirada fiquei
È de uma beleza sem fim
Acreditem que gostei

As rosas todas em botão
Lindas, lindas de morrer
Alegrou meu coração
E algumas fui colher

Fiz então uma linda jarra
Minha sala alegrou
Mas fiquei admirada
Pois depressa se estragou

Fui de novo ao jardim
Cada vez com mais flores
Foi uma lição para mim
Ao ver tão bonitas cores

Aquelas cores tão bonitas
Alegravam até a alma
Aquelas flores tão catitas
Parecem transbordar calma

Não quero cortar mais flores
Pois no jardim duram mais
Sejam margaridas ou amores
São lindas como cristais

Eu tenho um lindo jardim
Passo lá muito do meu tempo
Dá-me uma calma sem fim
Alivia-me o sofrimento

Quando quero meditar
È para lá que eu vou
As ideias espalhar
E mais uma flor desabrochou

Já repararam na beleza
Que tem uma simples flor?
Para nós é uma riqueza
Que Deus nos deu com amor

Além da sua beleza
Também nos dão seu perfume
È um dom da natureza
Por vezes sinto ciúme

O ciúme que eu sinto
Da beleza de uma flor
Falo verdade não minto
È ciúme com amor

Já viram a elegância
De uma flor em botão?
Quando larga sua fragrância
Enche-nos o coração

Enche-nos o coração
De paz e muita alegria
Quando chegamos perto então
Parece dar-nos bom dia

Gosto muito das marias
Orquídeas e açucenas
Cravos e até cravinas
Só cortá-las me dá pena

Gosto também de jacintos
De tulipas e amores
Hoje por aqui me fico
Eu adoro todas as flores


ROSA COSTA

Ser poeta


Um poeta para mim
È o que escreve o que sente
Escreve poesias sem fim
Fala verdade não mente

Sabe brincar com as palavras
Fá-las rimar com carinho
Faz rir com suas piadas
Ou chorar por um mau destino

Já chorei ao ler poemas
De romances com triste fim
Já ri de alguns temas
Engraçados para mim

Ser poeta é…
Ter jeito para escrever
Ser uma pessoa de fé
E sofrer ao ver sofrer

Ser poeta é …
Pelo menos para mim
Ter amor pelo que vê
E no papel escreve no fim

O que é um poeta afinal
È um homem com sentimentos
Que vê o que está mal
E descreve-os em breves momentos

Poetisa gostava de ser
Mas eu sei que não o sou
Faço quadras com prazer
Foi meu pai que me ensinou

Desde pequena que vejo
O meu pai fazendo quadras
Eu sempre tive o desejo
Que fossem publicadas

Ele nunca quis publicar
Com vergonha ou medo, não sei
Poeta a ele posso chamar
Como ele eu nunca serei

È preciso ter talento
Para poemas fazer
Também é preciso tempo
Para os poder escrever

ROSA COSTA

Não abandonem os animais


Quando pensam em ter animais
Nunca se esqueçam jamais
Que pode ter problema
Antes do animal obter
È preciso primeiro saber
Se para isso tem um bom sistema

Os animais devem ser bem tratados
E nunca abandonados
Como se vê por aí
Na época das grandes férias
È que a gente vê misérias
A caírem de fome, eu já vi

Já vi animais a morrer
Sem terem nada para comer
Só porque foram abandonados
Enquanto são pequeninos
Todos lhes dão muitos carinhos
E sempre são bem tratados

Mas eles crescem é normal
È próprio do animal
E deixam de ter tanta graça
Quando em casa não os podem ter
Deixam-nos na rua a sofrer
E tornam-se numa ameaça

Podem ser muito bondosos
Mas podem ficar perigosos
Desprezados e com fome
Quando são cães de grande porte
Até pode levar á morte
Atacando o próprio homem

Os animais são como gente
Sofre ou fica contente
Conforme lhe corre a sorte
Se os deixar-mos abandonados
Nós é que somos culpados
Pois depressa chegam á morte


ROSA COSTA

terça-feira, 2 de junho de 2009


Ò lua que vais tão alta

Ò lua que vais tão alta
A brilhar com tua luz
Dá-me um pouco faz-me falta
A tua luz me seduz

Tão redonda e brilhante
Aí em cima toda vaidosa
O teu brilho é importante
Iluminas cá em baixo a Rosa

Eu fico-te admirar
Quando estás bem redondinha
Admiro o teu luar
Ilumina a alma minha

Tu vês-me aí de cima
Quando eu te estou a olhar
Não sei se é sisma minha
Mas acho que estás a gostar

Gostas de ser admirada
Pois sabes que és formosa
Minha alma fica iluminada
E tu ficas mais vaidosa

Queres ser minha amiga então
Mas vamos manter segredo
Não me deixes na escuridão
Pois sabes que sinto medo

Ò lua que vais tão alta
Nunca deixes de me iluminar
Sabes fazes-me muita falta
Pões-me o pensamento a funcionar

Agora vou terminar
Mas antes vou-te dizer
És tu que me estás a inspirar
Para este poema fazer

Agora ao terminar
E que me sinto feliz
Façam o favor de aceitar
Beijos da Rosa em Sabariz


ROSA COSTA

Deus existe


Sentei-me a ver o mar
Estava quieta e triste
Eu pus-me a imaginar
È certo que Deus existe

A maré estava cheia
Com a água perto de mim
E eu sentada na areia
Pôs-me a pensar assim

È só água que eu vejo
Isto para mim é um mundo
Tive logo o desejo
Saber se o mar tinha fundo

Fundo o mar tem que ter!
Mas será que está furado?
A água onde se foi meter
Estava á pouco ao meu lado!

Agora está mais distante
Já estou a ver rochedo
Eu confesso por um instante
Até senti algum medo

A água não se escondeu
Aqui tem a mão de Deus
Perplexa estava eu
Com os pensamentos meus

A mão Divina pode tudo
E assim nos deixa a pensar
Não fazemos nada no mundo
Se Deus não nos ajudar

As ondas eram tão fortes
Quem as agitava assim?
Eu tive que ter sorte
Para não acertarem em mim

Tudo que parece impossível
Tem sempre a mão de Deus
Eu achava tudo incrível
Perdida nos pensamentos meus

Fui ver o mar para esquecer
Alguns dos meus problemas
Pus-me na areia a escrever
E pensei em Deus apenas

Como Ele é grande e bom
Criou um mundo para nós
Mesmo sem sentir Seu som
Nunca nos deixa a sós

Está sempre ao nosso lado
Mesmo nas horas mais tristes
Se pensar-mos um bocado
Não duvides que Ele existe

Meu Deus nunca me abandone
Mesmo que eu ande distraída
Faça que melhor eu me torne
Dê-me luz para a minha vida


ROSA COSTA

PERIPECIAS DA VIDA


A vida anda e desanda
Não sei quem é que a manda
De mudar radicalmente
Tão depressa a gente está bem
Como em segundos porém
Tudo muda de repente

Tão depressa temos emprego
Como caímos num enredo
E desempregados ficamos
A vida que até era boa
Agora deixa-nos á toa
Sentindo-nos amargurados

Achamos que andamos bem
Por vezes nem nos convém
Ir um médico consultar
Até para tempo não perder
E notícias más não saber
O melhor é deixar andar

Quando ao médico resolvemos ir
Por vezes apetece fugir
Para a verdade não saber
Só na última é que aparecemos
Por vezes já nem cura temos
Só nos resta então morrer

Quantos pais teem sofrido
Por um filho ter perdido
Em acidentes na estrada
Até ali felizes eram
Depois que o filho perderam
Ávida fica muito complicada

È tão bom viver a vida
Quando para nós é querida
E corre sempre tudo bem
Quando nós saúde temos
Nem sequer nos apercebemos
Da riqueza que a gente tem

Mas quando falta pão na mesa
E se vive em estrema pobreza
Já nos sabemos lamentar
Quando a mesa está cheia
Muitos nem fazem ideia
De a Deus sempre louvar

A Deus devemos rezar
Agradecer e louvar
Sempre que a vida vai bem
Não é justo de Deus só lembrar
Quando a vida está a desandar
E ficamos menos bem

A vida dá muitas voltas
Mas deixa algumas pontas soltas
Só para a gente se agarrar
Fazer-mos força para subir
E assim a gente conseguir
E nunca desanimar

Temos que ter força de vontade
Isso é a maior verdade
De lutar por uma vida melhor
Não é só cruzar os braços
È termos desembaraços
E viver a vida com amor

Se hoje nos correu mal
Amanhã é outro dia
E descobrimos afinal
Que a vida também é alegria



ROSA COSTA

Há muita criança a sofrer!

Não mal trates as crianças
Pois são um bem precioso
São elas que nos dão esperanças
De um futuro mais valioso

Há tanta criança a sofrer
E a apanhar tanta porrada
Por vezes é melhor morrer
Do que ser tão mal amada

Outras estão a morrer de fome
Pois não teem que comer
Deus, forte assim as torne
Para atenuar seu sofrer

Ainda o pior sofrimento
È quando são violadas
E para maior tormento
Ainda são espancadas

Ameaçadas de morte
Se contarem a alguém
Teem tão pouca sorte
Não teem amor de ninguém

Custa a ouvir a notícia
E meu coração dá um ai
Quando confirma a policia
Que o violador é o pai

Já não chegavam os de fora
Tratarem mal as crianças
Que os familiares a toda a hora
Lhes matam as esperanças

Matam-lhe a esperança
De um dia ser feliz
Pobre e inocente criança
Por isso nunca sorris

Não roubes esse sorriso
A uma criança inocente
Por isso é preciso
Deixar de seres indecente

Não te esqueças que a criança
Pequenina também é gente
Não lhe roubes a esperança
De ter uma vida decente

A criança é a coisa mais rica
Que Deus nos ofereceu
Meu agradecimento aqui fica
Pelos dois que Ele me deu

È a coisa mais valiosa
Que tenho na minha vida
Sinto-me muito orgulhosa
Por esta prenda querida

Tanta mulher filhos deseja
Mas não os consegue ter
Algumas teem de sobeja
E só os fazem sofrer!


ROSA COSTA