Assalto á minha casa
A noite ainda era uma criança
Fui á casa de banho, cheia de confiança
Como era habitual,
De regresso para o quarto ia
Senti que alguém me prendia
Tapando-me a boca com algo que cheirava muito mal!
Meu marido deu por minha falta
Da cama rápido salta
E pela casa me procurou,
As luzes estavam apagadas
Apenas desceu as escadas
E de novo regressou.
Estava muito admirado
E a ficar assustado
As luzes ia acendendo,
Voltou de novo para o quarto
Quando ficou estupefacto
Por pouco ia morrendo!
Eu tinha sido para lá arrastada
Estava lá desmaiada
Não me tinha visto porque estava às escuras,
Meu marido me acordou
Para a cama me levou
Lá fiquei eu cheia de tonturas!
Quando eu fiquei melhor
Assustada sim senhor
Mas sabia o que dizia,
Então ao meu marido contava
Mas ele importância não dava
Acalmava-me e dormia.
Eu comecei a sentir passos
Meu coração em estilhaços
Voltava o marido acordar,
Ele tolo com o sono, voltava a ficar
Eu sem saber que fazer
Pensava ao filho ligar
Mas o telemóvel, tudo podia estragar
Eu só rezava para no quarto dele não mexer
Só de manhã eu consegui adormecer
Já cansada de tanto sofrer
Quando nos levantamos, estava a janela aberta
A malta era gente esperta
Sabia os cantos da casa
Desceu ao rés-do-chão
Levar nada, não levou não
Foi só para me por a cabeça em brasa
Com tanta coisa de valor
Louvado seja o Senhor,
Tudo ficou em seu lugar
Apenas rebentou com um computador
Que no fim ainda fez o favor
De mo deixar, depois de com ácido o queimar
Para quê tanta maldade?
Eu tenho muita dificuldade
Em compreender esta gente,
Se é por eu estar algum tempo no computador
Eu aviso a senhora, ou o senhor
Que foi muito incompetente!
O ter destruído um PC
Eu digo a vossemecê
Tem que ser mais eficaz
Tem que eliminar mais três
Casos não saibam vocês
Trabalhar num ou noutro, tanto me faz
Sempre ouvi dizer que a inveja mata
Mas só digo a estes covardes
Vão para o raio que os parta! !!
ROSA COSTA
