quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Solidão


Como é triste a solidão
Não ter para quem falar
Olha o relógio, que horas são ?
O dia não quer passar !
Que dias grandes que não passam,
A noite que não quer vir
Tantos pensamentos se entrelaçam
Eu só queria dormir!
Quando a família está por cá
O tempo passa a voar
Quando sai tudo para trabalhar,
As horas parecem parar!
Este silencio brutal
É de cortar o coração
Silencio que me faz mal
É o silencio da paixão
Saudades que eu tenho agora
Da família reunida
Dos tempos de outrora
Que fizeram parte da minha vida
Hoje passo o dia sozinha
Com um gatinho por companhia
Sou mulher, mãe e avozinha
Mas perdi minha alegria…


Rosa Costa 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

É vida...


Esta vida é um vaivém
E também multicolor
De emoções, que porém
Mexem com o nosso humor
Ora estamos bem tristonhos
Ora alegres e divertidos
Ás vezes não temos sonhos
Outras temos sonhos coloridos
Ás vezes fingimos viver
Mas apenas sobrevivemos
 O mal também faz crescer
Com ele também aprendemos
Quero com isto dizer
Que nem tudo é um mar de rosas,
Temos de saber viver
Com situações bem espinhosas
Os espinhos fazem parte da vida
Nem tudo é felicidade
Eu preciso me sentir mais querida
Para ser feliz de verdade !

Rosa Costa





quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A Crise em Portugal




Esta crise vai até quando?
Já estou bastante farta
Vamos sofrendo e penando
Por isso escrevo esta carta
Desemprego é com fartura
Quem trabalha não recebe
A crise ninguém a atura
 Nem sei se alguém a percebe
Isto é uma grande tristeza
Tanta gente a passar fome
O patronato aumenta a riqueza
Esfola vivo o pobre homem
Desta crise se aproveitam,
Dizem também não receber
Os empregados as condições aceitam,
Só para o emprego não perder!
Não recebem meses seguidos
Vem sempre desesperados
Sem poder alimentar os filhos
Que acabam por lhes serem retirados
Metem-nos em instituições
Quando saem, vêm de lá revoltados
Cheios de ódio em seus corações
Como seus pais fossem culpados
É o país que nós temos
E a tudo nos sujeitamos
Com o pouco vamos sobrevivendo
Todos os dias com os eurinhos contados



Rosa Costa

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Saudades do meu Pai



Hoje sentei-me aqui
E pôs-me a pensar em ti
As saudades apertaram
Lembrei-me do teu sorriso
Sei que estas no Paraíso
Mesmo assim meus olhos choraram

Muito sedo tu partiste
Mas do meu coração não saíste
Nele moras eternamente
Sei que neste mundo sofreste
Para mim tu não morreste
Vives no meu coração permanentemente

Estás com nossa Senhora
Desde que te foste embora
O teu sofrimento acabou
Mas deixaste-me a sofrer
Sem vontade de viver
Toda a tristeza transbordou

Eras o nosso pilar
Nosso mundo começou a descarrilar
Depois da tua partida
Que Deus te ampare com os anjos
Com querubins e arcanjos
Como nos amparavas em vida

Rosa Costa