terça-feira, 2 de junho de 2009


PERIPECIAS DA VIDA


A vida anda e desanda
Não sei quem é que a manda
De mudar radicalmente
Tão depressa a gente está bem
Como em segundos porém
Tudo muda de repente

Tão depressa temos emprego
Como caímos num enredo
E desempregados ficamos
A vida que até era boa
Agora deixa-nos á toa
Sentindo-nos amargurados

Achamos que andamos bem
Por vezes nem nos convém
Ir um médico consultar
Até para tempo não perder
E notícias más não saber
O melhor é deixar andar

Quando ao médico resolvemos ir
Por vezes apetece fugir
Para a verdade não saber
Só na última é que aparecemos
Por vezes já nem cura temos
Só nos resta então morrer

Quantos pais teem sofrido
Por um filho ter perdido
Em acidentes na estrada
Até ali felizes eram
Depois que o filho perderam
Ávida fica muito complicada

È tão bom viver a vida
Quando para nós é querida
E corre sempre tudo bem
Quando nós saúde temos
Nem sequer nos apercebemos
Da riqueza que a gente tem

Mas quando falta pão na mesa
E se vive em estrema pobreza
Já nos sabemos lamentar
Quando a mesa está cheia
Muitos nem fazem ideia
De a Deus sempre louvar

A Deus devemos rezar
Agradecer e louvar
Sempre que a vida vai bem
Não é justo de Deus só lembrar
Quando a vida está a desandar
E ficamos menos bem

A vida dá muitas voltas
Mas deixa algumas pontas soltas
Só para a gente se agarrar
Fazer-mos força para subir
E assim a gente conseguir
E nunca desanimar

Temos que ter força de vontade
Isso é a maior verdade
De lutar por uma vida melhor
Não é só cruzar os braços
È termos desembaraços
E viver a vida com amor

Se hoje nos correu mal
Amanhã é outro dia
E descobrimos afinal
Que a vida também é alegria



ROSA COSTA

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