Esta crise vai até quando?
Já estou bastante farta
Vamos sofrendo e penando
Por isso escrevo esta carta
Desemprego é com fartura
Quem trabalha não recebe
A crise ninguém a atura
Nem sei se alguém
a percebe
Isto é uma grande tristeza
Tanta gente a passar fome
O patronato aumenta a riqueza
Esfola vivo o pobre homem
Desta crise se aproveitam,
Dizem também não receber
Os empregados as condições aceitam,
Só para o emprego não perder!
Não recebem meses seguidos
Vem sempre desesperados
Sem poder alimentar os filhos
Que acabam por lhes serem retirados
Metem-nos em instituições
Quando saem, vêm de lá revoltados
Cheios de ódio em seus corações
Como seus pais fossem culpados
É o país que nós temos
E a tudo nos sujeitamos
Com o pouco vamos sobrevivendo
Todos os dias com os eurinhos contados
Rosa Costa
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